terça-feira, 18 de agosto de 2015

Sindserv apura situação da Guarda Municipal



O Ministério Público do Trabalho, através da Procuradoria Regional de Pouso Alegre, está apurando junto ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Poços de Caldas – Sindserv, as condições de trabalho aos quais são submetidos os guardas municipais que atuam pela secretaria de Defesa Social. Na última quinta-feira (13), em reunião realizada pelo Sindserv, guardas puderam relatar os problemas que enfrentam diariamente para zelar pelo patrimônio do município.

Segundo relatos, a última vez que receberam uniforme completo de trabalho foi no início de 2013. Alguns receberam parte da composição em 2014. O material, segundo eles, é de péssima qualidade. Principalmente o coturno, em alguns casos utilizados poucas vezes, pois logo em seguida descosturaram.

Além disso, mesmo sem a entrega dos uniformes adequados, muitos guardas são cobrados e advertidos pelos seus superiores hierárquicos quando não se apresentam devidamente caracterizados. Houve relato de um guarda que teria sido impedido de dirigir a viatura por falta de uniforme.

A última blusa de frio, conhecida como japona, foi entregue pela administração do período de 2005 a 2008. Levando-se em consideração que os guardas não podem usar qualquer vestimenta sobre o uniforme, eles usam a mesma blusa de frio há aproximadamente sete anos.

Devido à necessidade, os guardas mandam confeccionar uniformes às suas próprias custas, o que, para a presidente do Sindserv Marieta Carneiro, é inadmissível. Segundo Marieta, há anos que tal situação se repete. Por várias ocasiões a diretoria do Sindicato se reuniu com prefeito e secretário de Defesa Social no intuito de resolver a questão, promessas foram feitas, porém a inércia continua.

Outro problema relatado pelos guardas diz respeito aos veículos utilizados por eles durante as rondas. De maneira geral, estão em péssimo estado de conservação e necessitam de manutenção constante. Uma das viaturas sequer tem freio de mão e deve ser escorada com pedras. Os guardas não pode se recusar a assumir a direção dos veículos, sob pena de processos administrativos.


Os dois repetidores de sinal dos rádios comunicadores estão quebrados. Isso faz com que os guardas não consigam se comunicar em raio maior de dois quilômetros. Caso haja necessidade, eles usam telefones celulares particulares. Porém, segundo Marieta, há decreto municipal que considera o uso de celular infração disciplinar de natureza média. “É lamentável ouvir estes relatos de trabalhadores que reivindicam condições para prestar um bom serviço ao nosso município, preservando o patrimônio” diz Marieta.

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