Saneamento
será tema da Campanha da Fraternidade 2016
A Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB) já definiu a temática para a Campanha da
Fraternidade de 2016. Em parceria com o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do
Brasil (CONIC), a campanha apresenta o tema “Casa comum, nossa
responsabilidade”, e visa assegurar o acesso ao saneamento básico como um
direito de todos.
A mobilização ocorrerá
de forma ecumênica, incluindo a participação de outras igrejas cristãs além da
Católica. O lema que acompanha o tema está baseado na passagem bíblica de Amós,
capítulo 5, versículo 24: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a
justiça qual riacho que não seca”.
Segundo a CNBB, a
campanha pretende empenhar-se, à luz da fé, na luta por políticas públicas e
atitudes responsáveis que promovam a integridade do meio ambiente. Uma das
novidades da edição de 2016 será a presença da Misereor, instituição fundada
pela Igreja Católica da Alemanha que apoia projetos de cooperação destinados ao
desenvolvimento da Ásia, África e América Latina.
Para subsidiar a
comissão encarregada pela mobilização, a CNBB realizou de 10 a 12 de agosto o
Seminário Nacional de Campanhas, em Brasília. O evento reuniu especialistas do
setor de saneamento básico, com a finalidade de esclarecer as dúvidas dos
participantes sobre os desafios do setor. Entre os palestrantes estava o
presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Henrique Pires, que
ressaltou a importância dos serviços de saneamento básico na melhoria da saúde
da população.
O presidente da Assemae,
Aparecido Hojaij, comemora a escolha do saneamento como tema da campanha.
“Parabenizamos as igrejas cristãs pela preocupação em discutir um setor tão
importante quanto o saneamento básico. Estamos à disposição para contribuir com
a mobilização, buscando maior inclusão social e qualidade de vida a todos”.
Encíclica Papal
A Campanha da
Fraternidade de 2016 segue a linha de raciocínio da encíclica papal “Laudato
Si”, do papa Francisco, publicada pelo Vaticano em junho passado. No documento,
o pontífice apresenta a preocupação com a degradação ambiental, as mudanças
climáticas e a pobreza no mundo. O texto aponta o ser humano como o principal
responsável pelo aquecimento do planeta, além de alertar para os riscos da
privatização da água.
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